Usamos metáforas para dar uma ideia de exagero àquilo que de certa forma poderia nos prejudicar...mas que ideia de exagero é essa?!Não será um exagero então termos que utilizar desses artifícios para que a ideia de senso comum seja aceita?!...
A maior metáfora da nossa historia está dando frutos até hoje...
Desde o achamento do Brasil,temos sido vítimas de um ser vil e manipulador:nossa ingenuidade.Somos capazes de crer em tudo aquilo que nos dizem por puro comodismo.Fomos humilhados desde quando o primeiro europeu pisou nessas praias brancas e belas,e tivemos uma ideia de que deuses desembarcavam de suas balsas para o nosso êxtase e deleite de seu néctar e manjar celestial.
QUÃO INGÊNUOS FOMOS!!!!
Digo como se estivesse lá,há mais de 500 anos,pois em minhas veias correm o sangue daqueles ingênuos,daqueles que acreditaram que o homem branco traria algo a mais,algo que eles não poderiam obter de outra forma...e trouxeram:a ganância,a humilhação,escravidão...
Hoje ainda somos aqueles índios...ainda acreditamos que aqueles que estão lá fora,vindos do outro lado do mar poderão nos ajudar.Ainda esperamos que alguém nos mostre o caminho a seguir,mesmo já tendo passado por isso antes,ainda temos esperança...
Mas os índios de 500 anos atrás eram fortes,guerreiros,não se deixara dominar por nada:enfrentaram seus algozes com arco,flecha,tacapes...e ainda hoje são respeitados por isso!
Mas e nós?
Quem irá nos respeitar se não pararmos de aceitar espelhos e contas coloridas daqueles que acham que assim conseguem nos escravizar?
Como disse o poeta Renato Russo na música ÍNDIOS,o futuro não é mais como era antigamente...
Índios
Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha
Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda
Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do iní?cio ao fim.
E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...
Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.
E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário