domingo, 27 de junho de 2010

METÁFORAS E REDUNDÂNCIAS

Usamos metáforas para dar uma ideia de exagero àquilo que de certa forma poderia nos prejudicar...mas que ideia de exagero é essa?!Não será um exagero então termos que utilizar desses artifícios para que a ideia de senso comum seja aceita?!...

A maior metáfora da nossa historia está dando frutos até hoje...
Desde o achamento do Brasil,temos sido vítimas de um ser vil e manipulador:nossa ingenuidade.Somos capazes de crer em tudo aquilo que nos dizem por puro comodismo.Fomos humilhados desde quando o primeiro europeu pisou nessas praias brancas e belas,e tivemos uma ideia de que deuses desembarcavam de suas balsas para o nosso êxtase e deleite de seu néctar e manjar celestial.
QUÃO INGÊNUOS FOMOS!!!!
Digo como se estivesse lá,há mais de 500 anos,pois em minhas veias correm o sangue daqueles ingênuos,daqueles que acreditaram que o homem branco traria algo a mais,algo que eles não poderiam obter de outra forma...e trouxeram:a ganância,a humilhação,escravidão...
Hoje ainda somos aqueles índios...ainda acreditamos que aqueles que estão lá fora,vindos do outro lado do mar poderão nos ajudar.Ainda esperamos que alguém nos mostre o caminho a seguir,mesmo já tendo passado por isso antes,ainda temos esperança...

Mas os índios de 500 anos atrás eram fortes,guerreiros,não se deixara dominar por nada:enfrentaram seus algozes com arco,flecha,tacapes...e ainda hoje são respeitados por isso!
Mas e nós?
Quem irá nos respeitar se não pararmos de aceitar espelhos e contas coloridas daqueles que acham que assim conseguem nos escravizar?

Como disse o poeta Renato Russo na música ÍNDIOS,o futuro não é mais como era antigamente...



Índios



Quem me dera

Ao menos uma vez

Ter de volta todo o ouro

Que entreguei a quem

Conseguiu me convencer

Que era prova de amizade

Se alguém levasse embora

Até o que eu não tinha



Quem me dera

Ao menos uma vez

Esquecer que acreditei

Que era por brincadeira

Que se cortava sempre

Um pano-de-chão

De linho nobre e pura seda



Quem me dera

Ao menos uma vez

Explicar o que ninguém

Consegue entender

Que o que aconteceu

Ainda está por vir

E o futuro não é mais

Como era antigamente.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Provar que quem tem mais

Do que precisa ter

Quase sempre se convence

Que não tem o bastante

Fala demais

Por não ter nada a dizer.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Que o mais simples fosse visto

Como o mais importante

Mas nos deram espelhos

E vimos um mundo doente.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Entender como um só Deus

Ao mesmo tempo é três

Esse mesmo Deus

Foi morto por vocês

Sua maldade, então

Deixaram Deus tão triste.



Eu quis o perigo

E até sangrei sozinho

Entenda!

Assim pude trazer

Você de volta pra mim

Quando descobri

Que é sempre só você

Que me entende

Do iní?cio ao fim.



E é só você que tem

A cura do meu vício

De insistir nessa saudade

Que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Acreditar por um instante

Em tudo que existe

E acreditar

Que o mundo é perfeito

Que todas as pessoas

São felizes...



Quem me dera

Ao menos uma vez

Fazer com que o mundo

Saiba que seu nome

Está em tudo e mesmo assim

Ninguém lhe diz

Ao menos, obrigado.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Como a mais bela tribo

Dos mais belos índios

Não ser atacado

Por ser inocente.



Eu quis o perigo

E até sangrei sozinho

Entenda!



Assim pude trazer

Você de volta pra mim

Quando descobri

Que é sempre só você

Que me entende

Do início ao fim.



E é só você que tem

A cura pro meu vício

De insistir nessa saudade

Que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi.



Nos deram espelhos

E vimos um mundo doente

Tentei chorar e não consegui.

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